O rei Saul foi o primeiro rei de Israel na Bíblia. Quando os israelitas exigiram um rei, Deus instruiu o profeta Samuel a ungir Saul. No entanto, Saul desobedeceu a Deus e provou ser incapaz de ser rei.A história do Rei Saul é de grande drama, especialmente seu relacionamento com uma das figuras mais conhecidas da Bíblia, Davi. Embora a história de Saul não termine bem para ele, podemos aprender com seus triunfos e fracassos.

Saul aparece na narrativa bíblica como um jovem camponês da cidade de Gibeá. Ele é descrito como um homem de físico imponente, o mais formoso entre os israelitas (1 Samuel 9:2). A sequência da narrativa bíblica sobre a história de Saul mostra que ele era valente e muito corajoso.Na época em que Saul vivia, o povo de Israel era liderado pelo profeta Samuel, o último dos juízes de Israel. Samuel já havia envelhecido, e combinado às frequentes ameaças de nações vizinhas, especialmente dos filisteus, os israelitas começaram a pedir

O rei Saul , filho de Quis, da tribo de Benjamim casou-se com Ainoã, filha de Aimaás, com ela teve filhos e filhas: Jônatas, Abinadabe, Malquisua, Isbosete, Merab e Mical, ao qual lhe deram neto e bisneto: Mefibosete, filho de Jônatas (2 Samuel 4:4), Miquéias, filho de Mefibosete (2 Sm 9:12).No entanto, Saul não era de uma família real, da qual um rei pudesse ser selecionado. Até aquele momento, Israel havia sido governado intermitentemente por juízes, durante algumas centenas de anos tumultuados que estão registrados no livro de Juízes.

Israel não deveria ter um rei; Deus seria Rei.

No entanto, os israelitas haviam involuído para a devassidão. O livro de Juízes termina com histórias horríveis de violência e imoralidade e o ecoante refrão “naqueles dias Israel não tinha rei” (Juízes 18:1, 19:1, 21:25) apontando não apenas para a falta de um rei humano, mas a falta de consideração pelo Senhor como Rei.

Quis, o pai de Saul, era “um homem poderoso”. Este tinha um filho, cujo nome era Saul, moço, e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima sobressaía a todo o povo (1 Samuel 9:1-2). Se alguém fosse ser escolhido rei, pela aparência ou porte físico, com certeza Saul parecia ser um bom candidato.

Saul, ungido REi

A história de Saul começa em 1 Samuel, o livro que segue o livro de Juízes na Bíblia. 1 Samuel 8 registra o povo de Israel exigindo que seu líder espiritual, o profeta Samuel, lhes desse um rei “como todas as outras nações” (1 Samuel 8:20).A princípio Samuel resistiu, mas o Senhor lhe disse:

E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. Dá ouvidos à sua voz, e constitui-lhes um rei.” (1 Samuel 8:7-22

A Bíblia diz que Saul estava procurando algumas jumentas de seu pai que haviam se desgarrado quando se encontrou com Samuel Depois de uma longa busca, ele e seu servo estavam passando pela cidade de Samuel e decidiram pedir conselhos ao vidente para encontrar os animais (1 Samuel 9:8).No dia anterior, Deus havia revelado a Samuel que enviaria o homem escolhido para ser rei.

“Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo; porque o seu clamor chegou a mim.” (1 Samuel 9:16)

A princípio, muitos rejeitaram a liderança de Saul, até que ele reuniu dramaticamente Israel e libertou a cidade de Jabes-Gileade dos amonitas (1 Samuel 11:1-11). Ele foi então confirmado como rei em 1 Samuel 11:15.

Tão logo o rei Saul já mostrou toda sua habilidade como líder e valoroso guerreiro. Quando o rei de Amom, Naás, sitiou Jabes-Gileade, Saul liderou um exército que destruiu os amonitas. Essa campanha militar impressionou o povo, e os israelitas celebraram o reinado de Saul em Gilgal (1 Samuel 11).O rei Saul teve de lutar contra vários inimigos do povo de Deus praticamente durante todo seu reinado. O principal deles sem dúvida era os filisteus. Foi numa das batalhas contra os filisteus que Davi matou o gigante Golias (1 Samuel 17:4).

Israel conquistou muitas vitórias sob o reinado de Saul, porém seus erros foram suficientemente graves para manchar drasticamente seu governo.

Por que Saul foi rejeitado por Deus?

Em 1 Samuel 13, uma grande força de filisteus se reuniu para lutar contra os exércitos de Saul. Os israelitas tremeram de medo. Quando Samuel não apareceu na hora marcada, Saul cedeu ao orgulho, desobedecendo ao Senhor e tomando o lugar do profeta Samuel no altar, ofereceu sacrifício ao próprio Senhor, em desobediência direta às leis de Moisés.

De acordo com a narrativa bíblica, é possível mencionar três grandes erros cometidos pelo rei Saul. Em primeiro lugar, o rei Saul tentou usurpar o ofício sacerdotal. Antes da batalha contra os filisteus, Saul se mostrou impaciente e ofereceu sacrifício em Gilgal.

Quando Samuel chegou até ele, o rei Saul escutou a primeira profecia de que havia sido rejeitado por Deus como rei, e que o Senhor já estava providenciando um “homem segundo o seu coração” (Samuel 13:7-14).

Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o SENHOR, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.” (1 Samuel 13:13-14.)

Como rei, Saul fez algumas coisas boas, reunindo Israel como um para lutar contra seus inimigos. No entanto, ele se mostrou cada vez mais arrogante e desatento à vontade de Deus.Deus disse a Saul para destruir completamente os amalequitas, mas, em vez disso, Saul levou alguns de seus melhores rebanhos como saque e deixou seu rei viver (1 Samuel 15). Ele então começou a mentir para Samuel sobre isso

o rei Saul desobedeceu mais uma vez ao Senhor quando desprezou a ordem divina para destruir todos os amalequitas. Saul resolveu poupar o rei Agague bem como o melhor dos animais daquele povo conquistado.Naquela ocasião mais uma vez o rei Saul escutou a repreensão e a reprovação de Deus através do profeta Samuel. Foi nesse episódio que Samuel proferiu as conhecidas palavras: “Eis que é melhor obedecer do que sacrificar” (1 Samuel 15:22,23).

O fato de o rei Saul ter poupado o rei amalequita contrariando a ordem de Deus, contrasta com o caso em que ele iria executar seu próprio filho, Jônatas, quando por ignorância o rapaz desobedeceu a uma ordem sua. Após esse incidente envolvendo os amalequitas, Samuel se afastou completamente de Saul. Logo depois, o profeta ungiu Davi como sucessor de Saul no trono de Israel cumprindo a ordem do Senhor.

Qual foi o fim do rei Saul? Como ele morreu?

Quando Saul procurou um médium, já era tarde demais. Seu destino estava traçado. Em 1 Samuel 31, os filisteus dizimaram o exército israelita. e

O final do reinado do rei Saul foi trágico e melancólico. Cada vez mais ele foi se afastando do Senhor. Inclusive, ele foi perdendo suas características, tornando um homem depressivo, medroso e perturbado (1 Samuel 16:14; 19:9). Alguns intérpretes consideram possível que Saul até tenha se tornado um tipo de doente mental com episódios de esquizofrenia (1 Samuel 16-19).

Os filhos de Saul, Jônatas, Abinadabe, e a Malquisua foram morto

A Bíblia diz que um “espírito mau da parte do Senhor” atormentava Saul. Davi até serviu para acalmá-lo tocando sua harpa (1 Samuel 16:23). Mas Saul também perseguiu ferozmente a Davi, impulsionado por um ciúme mortal (1 Samuel 18-20). Saul chegou a executar uma linhagem inteira de sacerdotes em Nobe por Aimeleque ter ajudado Davi (1 Samuel 21-22).

Então disse Saul ao seu pajem de armas: Arranca a tua espada, e atravessa-me com ela, para que porventura não venham estes incircuncisos, e me atravessem e escarneçam de mim. Porém o seu pajem de armas não quis, porque temia muito; então Saul tomou a espada, e se lançou sobre ela.” (1 Samuel 31:4)

Saul ficou gravemente ferido. Em vez de ser morto pelos filisteus, Saul tirou a própria vida.

O futuro brilhante de Saul se esgotou em desonra, derrota e suicídio. Seu caminho em espiral, cortesia de sua desobediência, terminou em desastre para ele e seus filhos.Saul foi então sucedido como rei pelo homem que ele tanto odiava, Davi, o jovem pastor que matou um gigante com uma funda e uma pedra, pela sua fé em Deus. O menor da casa, porém, o homem segundo o coração de Deus (1 Samuel 13), tornando-se o maior rei de Israel, em contraste direto com Saul.

O que podemos aprender com a história do Rei Saul?

Saul foi preparado para o sucesso. Escolhido por Deus, ungido por Samuel, abençoado com aparência real, ele deveria ter sido um grande rei.

No entanto, como Deus diz a Samuel:

“Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.” (1 Samuel 16:7)

Podemos aprender várias lições com o Rei Saul.Primeiro, aprendemos que o sucesso e a boa liderança não vêm de nenhuma característica inerente. Em vez disso, se quisermos realmente liderar ou viver bem nossas vidas, devemos obedecer ao Senhor e ouvir a Sua vontade, não a nossa.Em segundo lugar, aprendemos a proceder com humildade. Não importa o que alcançamos ou a posição que alcançamos, mesmo que pareça inabalável ou ordenado por Deus, ainda pode ser tirado. Devemos lembrar que tudo o que possuímos vem de Deus. Dar lugar ao orgulho só levará à destruição (Provérbios 16:18).Outra lição que podemos aprender é o poder destrutivo do ciúme. Saul ficou tão distraído perseguindo Davi que seu reino caiu em ruínas. Se Saul tivesse se concentrado em si mesmo e confiado em Deus para fazer o que Ele faria com Davi, Saul poderia ter salvado parte de seu governo em ruínas.Saul é comparado a Davi, um homem que buscou a vontade do Senhor. Embora Davi estivesse longe de ser perfeito, ele se esforçou para seguir a Deus. Enfim, quando lemos sobre Davi e Saul, vemos que o sucesso e o fracasso não dependem de nós mesmos, mas sim do Deus em quem colocamos nossa confiança.